terça-feira, 2 de maio de 2017

“Nós continuaremos até ter sangue saindo de nossos olhos.” –Tom Danielson, da equipe Garmin-Sharp, antes do Tour de France 2013 Giro d'Italia de 1956. Na 12ª etapa, entre Grosseto e Livorno, Fiorenzo Magni, um corredor veterano em seu último ano de carreira, sofre uma queda na saída de Volterra e fratura a clavícula esquerda. Após a corrida, no hospital, disseram que ele deveria ser engessado e desistir do resto do Giro1. Lorenzo pediu que apenas colocassem um suporte, e largou na etapa seguinte, de Livorno a Lucca. Como não tinha forças para segurar o guidão com sua mão, seu mecânico cortou um pedaço de câmara de pneu para prendê-lo. E Magni o segurou com a boca por toda a etapa. Três etapas depois, entre Bologna e Rapallo, Magni sofre outra queda – caindo sobre seu braço ruim e fraturando, de lambuja, o úmero. Com a dor, ele desmaiou e foi levado ao hospital. Na ambulância, retomou os sentidos e mandou que parassem imediatamente, porque precisava voltar para a corrida (quem não termina uma etapa é automaticamente eliminado das seguintes). Ele voltou e concluiu a etapa. Na 20ª etapa, a neve caía incessantemente e 60 atletas viram-se obrigados a abandonar a prova, incluindo o então líder, detentor da Maglia Rosa. Magni continuou e poucos dias depois terminou seu último Giro no 2º lugar na classificação geral. Concluída a prova, engessarem-lhe o braço. E no mesmo dia ele cortou o gesso para poder voltar a treinar.

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